Meu irmão, minha irmã, Jesus contou a parábola do homem rico e Lázaro. Aquele vivia no luxo, o outro pedia esmolas à sua porta. Ambos morreram. O mendigo foi levado pelos anjos para “o seio de Abraão”. O rico foi para o inferno, onde era atormentado e gritou: “Pai Abraão, tem compaixão de mim, e manda Lázaro molhar a ponta do dedo na água para refrescara minha língua, porque estou em agonia neste fogo.” (Lc 16,24).
Abraão respondeu: “Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste tua felicidade, e Lázaro não; agora ele é consolado aqui, e tu estás em agonia. Além disso, entre vós e nós foi estabelecido um grande abismo, para que os que quisessem passar daqui para vós não o possam e que também de lá não se atravesse até nós.” (vv. 25-26). Assim você vê, meu irmão, minha irmã, que nosso destino eterno é determinado pelas nossas ações nesta vida!
O rico pediu, então, que alguém fosse enviado a avisar seus irmãos, que sem dúvida eram também ricos, desobedientes e descrentes. Queria que fossem poupados do tormento que ele estava sofrendo. Mas a resposta foi que tinham Moisés e os profetas para adverti-los.
Entretanto, ele persistiu. Certamente, se alguém dentre os mortos fosse eles, arrepender-se-iam! Jesus conhecia a falsidade desses argumentos: “Se eles não escutam Moisés”, conclui ele, “mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não ficarão convencidos.” (Lc 16,31).
Infelizmente, são palavras profeticamente verdadeiras. Mesmo tendo Jesus conquistado a morte c ressuscitado, o fato de sua ressurreição não convence a todos. A fé vem de se ouvir a Palavra de Deus. A salvação vem de responder a essa Palavra. Então o homem acredita de todo o coração na ressurreição porque teve por ele mesmo a experiência de Jesus ressuscitado.
Se vivemos como filhos do Reino, sabemos que toda a nossa riqueza humana está sob a soberania de Jesus. Ele é quem rege mesmo as nossas finanças. Ele dispõe de nossos bens para a extensão do seu Reino. Mesmo com o nosso dinheiro pomos o Reino em primeiro lugar.
O Senhor coloca em nossas mãos os seus bens para que os administremos em favor do Reino. Se formos fiéis no pouco que ele nos confia, ele poderá nos confiar mais, pois seremos dignos de confiança também numa coisa grande. Mas se não formos fiéis no pouco que ele nos confia, e retemos tudo para nós nada empregando para o Reino, não nos mostramos dignos de coisas maiores. Os bens que ele nos confia são bens alheios: bens dele para o Reino. Se não nos mostramos dignos de confiança no gerenciamento dos bens alheios, que, embora sejam do Reino, estão em nossas mãos, como podemos receber as coisas maiores que o Senhor tem para nos dar?
Como tantas coisas que Jesus disse, esta parábola do rico e Lázaro esclarece que o destino eterno do homem é determinado por sua resposta ao evangelho do Reino durante sua vida na terra. Se ele escolhe ir por seus próprios caminhos cm vez de seguir Jesus, descobrirá que perdeu-se pela eternidade. Um grande golfo vai separá-lo de Deus e de sua glória. Rejeitar o caminho da glória leva à exclusão dele depois da morte.
A maravilha é que Deus faz sua glória eterna disponível para os pecadores que estão preparados a vir à cruz em arrependimento e fé. Ele se dispõe a cancelar todos os pecados, medos e dúvidas que têm separado dele o pecador, e coloca à sua disposição todas as riquezas do Reino.
Eis aqui, então, suas palavras de fé e de poder para hoje: Lucas 16,10-12