Mauro Moitinho Malta

O CRISTÃO DIANTE DA CRISE
Postado em 04.08.2023

Os psicólogos afirmam que o ser humano passa por três fases distintas em sua existência:

Na infância atravessa a fase da possessão onde tudo é seu – minha mãe, meu brinquedo, meu amigo;

Na adolescência até aos 40/50 anos passa pela fase de aquisição; a busca de afirmação de sua individualidade como pessoa e procura acumular coisas, acumular amigos, acumular riqueza;

Finalmente, depois dos 50/60 anos começa um ciclo de perdas; perdemos nossos cabelos; perdemos nossa memória; perdemos nossa saúde, perdemos nosso trabalho, perdemos nossos amigos.

Perdemos amigos devido a desentendimentos, conflitos, ou pela Corona vírus. Alguém pode nos roubar o emprego, a carreira, até o bom nome.  Perdemos o sentido da vida, nossa fé parece vacilar.

Encaramos essas perdas como um obstáculo ao que imaginamos que deveríamos ser:

Bonitos, livres de desconforto, saudáveis,

Mas não somos!

Frustrados, nos sentimos credores da vida.

A vida não nos deu o que achávamos merecer.

Passamos a procurar culpados pelas nossas frustrações e infernizamos a vida dos que nos são mais próximos.

Além de tudo, nos conscientizamos que nosso corpo está condenado ao desaparecimento e essa fragilidade nos atemoriza.

O noticiário crescente sobre o número de mortos pela covid-19, nos encheu de medo.  Sentimos que o fim se aproxima.

A única ajuda que podemos ter é do amor de Deus!

Mas temos dificuldade em nos apoiar nesse amor divino. E cabe aqui uma indagação:

Por acaso as crianças temem sua frágil idade quando são amadas?

Se somos amados por Deus, também não deveríamos temê-la,

Mas estamos acostumados com o amor mundano, um amor que é condicional.

Só nos amam se preenchermos determinadas exigências, se somos fortes, saudáveis poderosos, ricos, famosos.

E mesmo assim, somos descartáveis!

Nos amam enquanto podemos dar alguma coisa em troca, e quando cessa a contrapartida somos descartados, jogados fora, não somos mais ninguém com quem valha à pena se associar.

É o que Zigmund Bauman, o filósofo polonês, denominou de amor líquido.

Contrastando com esse amor efêmero, que não tem a capacidade de preencher nosso vazio existencial, nos deparamos com o amor de Deus que é incondicional.

Nos ama apesar de nossas fragilidades, de nossas falhas, de nossos pecados. Nos ama simplesmente.

Esse é o amor que tem a capacidade de satisfazer plenamente nosso coração, não precisamos mais de buscar a aprovação de terceiros, passamos a nos amar exatamente da forma como Deus nos criou.

Por esta razão, só ultrapassamos a crise do medo da morte se nos entregamos a Deus, se compreendemos que não somos os senhores de nossa vida.

Já perceberam que nascemos de determinada cor, em determinada família, em determinada região, sem que tenhamos qualquer participação neste plano de Deus para nossa vida?

Meus irmãos e minhas irmãs, no próximo programa detalharemos como o verdadeiro cristão deve se comportar diante de uma crise como a que estamos vivendo.

Se nós os ajudamos é porque vocês nos apoiam contribuam para a manutenção da comunidade Emanuel. Divulguem esta palestra entre seus amigos e conhecidos.

Obrigado e que Deus os abençoe.